quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

‘ ..eu escancarei a porta - ridiculamente ansiosa - e lá estava ele, meu milagre pessoal. meus olhos acompanharam suas feições: o quadrado do queixo, a curva suave dos lábios cheios – agora retorcidos num sorriso -, a linha reta do nariz, o ângulo agudo das maçãs do rosto.. deixei os olhos para o final, sabendo que, quando olhasse dentro deles, talvez perdesse o fio do pensamento. eles eram grandes, calorosos como ouro líquido, e emoldurados por uma franja grossa de cílios escuros. olhar seus olhos sempre fazia com que eu me sentisse extraordinária - como se meus ossos tivessem virado esponja. eu também ficava um pouco tonta, mas isso devia ser porque eu me esquecia de respirar. de novo.. ’


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